Cobrança de estacionamento rotativo da Zona Azul em Florianópolis é retomada; entenda como funciona

Cobrança de estacionamento rotativo da Zona Azul em Florianópolis é retomada; entenda como funciona
Foto: Diorgenes Pandini/Divulgação

Os estacionamentos rotativos do Centro de Florianópolis retomaram as tarifas nesta segunda-feira (18), após seis meses sem cobranças. A Zona Azul havia sido suspensa em junho deste ano, quando a prefeitura passou a buscar uma nova empresa para operar o serviço. Agora, a nova fase do sistema é administrado pela Pare Fácil.

Motoristas e motociclistas que desejarem estacionar nessas áreas poderão comprar os tickets pelo aplicativo “Pare Fácil” (disponível nas principais plataformas de aplicativos, como Google Play Store para usuários de Android e Apple Store para dispositivos iOS) ou com operadores da própria empresa, que estarão nas ruas para o atendimento dos usuários e fiscalização do serviço.

A GMF (Guarda Municipal de Florianópolis) também terá a atribuição de fiscalizar o cumprimento da Zona Azul. Quem tiver saldo do serviço anterior, poderá transferi-lo ao novo sistema de duas formas: por meio de um código de resgate que será enviado por e-mail ou celular, no caso dos usuários que tinham cadastro com essas informações preenchidas; ou presencialmente na Base da GMF no Largo da Alfândega, para o caso dos motoristas e motociclistas que não tinham dados de contato no cadastro da zona azul.

A zona azul vai incidir sobre 2.400 vagas, de acordo com a prefeitura de Florianópolis, que espera democratizar o uso delas, ampliar o fluxo de pessoas no Centro e circular a economia da região.

Como funciona a cobrança

A cobrança por hora será de R$ 2 para os carros e de R$ 1 para motocicletas, das 8h às 18h. Com população 36% maior, mobilidade é desafio para Florianópolis. Os veículos estacionados nas vagas azuis, com marcação no chão, poderão permanecer por até duas horas nelas.

Já a permanência máxima nas vagas brancas, também sinalizadas, será de cinco horas. Caso o usuário ultrapasse o tempo-limite, será necessário trocar de vaga para evitar a aplicação de multa.

Zona Azul suspensa por desvio de verba e pagamento de propina

Suposto pagamento de propina a agentes públicos, desvio de dinheiro e falta de repasse à prefeitura são algumas das irregularidades apuradas pela Polícia Civil no antigo contrato da Zona Azul em Florianópolis.

De acordo com as investigações, a empresa responsável pelos últimos oito anos de serviço de cobrança do estacionamento rotativo teria deixado de repassar quase R$ 20 milhões ao executivo. O grupo alegava que não possuía o faturamento necessário para o repasse de verbas. Mas, segundo a polícia, o que houve durante o período de vigência do contrato, que perdurou entre 2013 e 2019, foi um desvio dos recursos.

“Observou-se, por análise de planilhas, uma contabilidade paralela, onde 50% do valor que era movimentado pela empresa e era faturado, vinha de POS, do pagamento com cartão de crédito ou das recargas que os munícipes faziam. Já os outros 50%, que entrava em dinheiro, não era contabilizado, onde eles alegavam que aquilo não era faturamento — explica o delegado Jeferson Prado, responsável pelas investigações, em reportagem publicada em maio deste ano”, disse.

Ex-vice-prefeito de Florianópolis é alvo de operação que apura irregularidades na Zona Azul

O delegado pontuou ainda que esses valores eram destinados a uma outra empresa, que também fazia parte do grupo familiar e não tinha ligação com o serviço prestado em Florianópolis. O dinheiro, segundo a polícia, era usado para aquisição de bens e enriquecimento dos suspeitos.




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