06/08/2025, 09h59 - Atualizado em 06/08/2025, 09h59
Foto: Leo Munhoz/Reprodução
Lideranças políticas e empresariais de Palhoça voltaram a manifestar preocupação com a ausência de soluções para o perigoso trecho da BR-282, entre a BR-101 e o trevo de acesso ao Contorno Viário, dentro do território palhocense. Segundo dados levantados, junto à PRF (Polícia Rodoviária Federal), entre 2022 e junho de 2025, foram registrados 342 acidentes, com 392 feridos e 10 mortes. O número expressivo de ocorrências reforça o sentimento de urgência na busca por medidas concretas para evitar novas tragédias.
O inspetor-chefe de comunicação da PRF, Adriano Fiamoncini, define o trecho como um “caos urbano”, explicando que o local não possui mais características de rodovia:
Foto: André Viero/Reprodução
“É um trecho extremamente urbanizado, muitos acessos precários. Ali não tem características de rodovia, mas sim de avenida. O problema é cruzamento, todo mundo entra e sai a hora que quer. Muito pedestre, muito ciclista. Não é uma rodovia”, avaliou.
Fiamoncini ainda destacou que o ano de 2022 apresentou uma “distorção” nas estatísticas, devido à redução no fluxo de veículos por conta dos bloqueios após as eleições.
Pressão local e incerteza federal
Na Câmara de Vereadores de Palhoça, o tema foi novamente discutido em sessão realizada nesta segunda-feira (4). Apesar das constantes cobranças, ainda não há medidas efetivas em andamento.
A recente troca de comando no DNIT em Santa Catarina é vista por alguns como um possível ponto de virada, mas até agora, nenhuma ação concreta foi implementada.
Inclusive, encontra-se sob análise do DNIT um projeto de duplicação do trecho, financiado por empresários da região. Enquanto isso, a comunidade local clama por alternativas emergenciais, como melhoria da sinalização e iluminação do trecho.
Um problema que ultrapassa números
Para muitos moradores e usuários da rodovia, o trecho foi “engolido pela urbanização” de Palhoça, sem que a infraestrutura acompanhasse esse crescimento. O cenário atual é de riscos diários, com fluxo intenso, alta circulação de pedestres e ciclistas, e acessos improvisados.
A cobrança agora é por celeridade. Seja por meio de soluções paliativas imediatas, seja com intervenções estruturais definitivas, o que se espera é que o chamado “trecho da morte” deixe de ser sinônimo de tragédia anunciada.
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