O ex-zagueiro Betão, 40 anos, que fez história no Avaí, disse que a qualquer momento pode voltar a trabalhar na função de gestor do futebol, cargo para o qual se preparou e está à disposição do mercado. Algumas sondagem já surgiram para acerto, após o último trabalho no Náutico-PE e a decisão do dirigente sairá a qualquer momento.
O ídolo da torcida azurra reviveu seus grandes momentos ao participar do Debate da Pan no começo da tarde desta quinta-feira (12). Momentos como a conquista do acesso pelo Avaí à Série A, o último da série histórica do clube em 2021.
Morador de Floripa desde que veio reforçar o Avaí em agosto de 2016, Betão está em casa, ao lado da família e curtindo a cidade e seus melhores momentos. Difícil deixar Floripa onde já se estabeleceu e seus dois filhos e esposa estão adaptados estudando e trabalhando.
No papo com os jornalistas da Pan News, conversa sobre sua carreira, iniciada há muitos anos no Corinthians, sobre suas conquistas no Avaí, onde alcançou três acessos e dois títulos estaduais e a virada de chave, quando deixou os gramados para ingressar na função de dirigente. Estudou para isso e hoje colhe os frutos dos conhecimentos adquiridos dentro e fora de campo.
Ebert Willian Amâncio, o Betão, é natural de São Paulo e tem também a cidadania italiana. Começou sua carreira no Corinthians lá em 2001. Defendeu o Santos e morou fora do país, quando jogou no Dínamo de Kiev, no Thonon Évian, da França, Ponte Preta e Avaí, onde chegou em 2016. Neste ano, o Avaí estava desacreditado e no fundo da tabela. Com sua chegada e também a do técnico Claudinei Oliveira, a equipe conquistou o acesso com um aproveitamento no segundo turno de 82%.
Sobre a liderança, uma de suas principais característica, Betão disse que é tudo uma questão de personalidade. A liderança você não impõe, disse ele. “Você conquista a liderança pelo exemplo, pelas suas ideias, comportamento e preparação”, destacou. Foi capitão e ídolo azurra, deixando saudade no momento em que parou de jogar.
Mesmo fora do ambiente do clube, Betão disse que o Avaí hoje está bem melhor, mas faltam os resultados de campo. Lembrou do período em que tudo era difícil, especialmente a parte financeira. Betão é um atleta que conhece os bastidores do futebol como um todo, viveu muito as quatro linhas e também fora dela. Sabe o que é preciso para vencer. O homem é poliglota, fala pelo menos quatro idiomas e está adaptado à modernidade que o mundo esportivo hoje exige.