Anatel analisa adiar em 60 dias implantação do 5G; entenda o impacto em Florianópolis

Foto: Jeremy Bezanger/Unsplash

Com o prazo de julho deste ano para as empresas vencedoras do edital do 5G ativarem a nova rede em Florianópolis e outras capitais brasileiras, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estuda estender essa data para mais 60 dias por problemas no fornecimento de equipamentos.

Recentemente em reunião na Alesc (Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina) os representantes das operadoras de comunicação garantiram todo empenho para implantar o 5G na capital. A possibilidade de extensão de prazo está prevista no edital, mas a Anatel deve analisar na próxima quinta-feira (2) o possível adiamento em 60 dias para as empresas ativarem a tecnologia 5G nas capitais.

Segundo Marcos Lichtblau, superintendente de Ciência, Tecnologia e Inovação da Prefeitura de Florianópolis, em entrevista concedida ao programa Ligado na Cidade, a chegada do 5G pode auxiliar na democratização do acesso à internet, chegando em locais de difícil acesso. “Uma alternativa que estamos avaliando é a instalação nas luminárias dos postes. Essas luminárias podem acomodar antenas de 5G. Além da vantagem de baixar um filme mais rápido ou jogar um jogo de forma mais interativa, nós vamos efetivamente  ter uma democratização muito grande do acesso à internet para a população, especialmente em áreas onde o sinal não chega, como em periferias e morros”, destaca o superintendente. 

A sugestão de adiamento veio do Grupo de Acompanhamento das Obrigações da Faixa de 3,5 GHz (Gaispi). Segundo a proposta do Gaispi, o problema central está no fornecimento de equipamentos para que sejam realizadas a “limpeza da faixa” de 3,5 GHz, para que não ocorra interferência no sinal do 5G. Ou seja, eles acreditam que nem todos os aparelhos necessários chegariam até o fim de junho.

“A motivação técnica para adoção de prazo adicional foi a impossibilidade de entrega de equipamentos pela indústria, para a realização da mitigação de interferências nas estações satelitais, no prazo original. A Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF) explicou que o lockdown na China, a escassez de semicondutores, as limitações do transporte aéreo e a demora no desembaraço aduaneiro trouxeram impactos ao projeto”, diz a Anatel em nota.




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