
Caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio na camada muscular do útero (miométrio), a adenomiose é uma doença mais comum do que se imagina e afeta uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Entre os sintomas mais comuns estão a dor pélvica intensa e sangramento menstrual abundante.
Apesar da alta incidência, a doença ainda é pouco conhecida, o que dificulta o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Tanto que durante o mês de abril, o Brasil se une à campanha Abril Roxo, dedicada à conscientização sobre a adenomiose.
No país, estima-se que 150 mil novos casos sejam registrados anualmente, de acordo com dados da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia). Infertilidade
Comumente confundida com a endometriose devido às características semelhantes dos sintomas, o ginecologista e obstetra e docente do Idomed (Instituto de Educação Médica), Dr. Márcio Beta, alerta que a adenomiose precisa ser diagnosticada e tratada com urgência pois seu agravamento pode levar a infertilidade.
“Existem alguns casos em que a doença é assintomática, por isso a necessidade de a mulher estar com suas consultas e exames ginecológicos em dia”.
O especialista destaca que o tratamento da adenomiose varia conforme a gravidade da adenomiose. Pode incluir desde o uso de medicamentos até procedimentos cirúrgicos, como a histerectomia em casos em que as intervenções clínicas não funcionaram.
“Em paralelo ao tratamento, manter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas são essenciais na diminuição das dores e inflamações”, destaca.