O deputado estadual Marcos José de Abreu (PSOL), conhecido como Marquito, solicitou ao presidente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Leandro Grass, que o órgão priorize a análise do processo de tombamento do prédio da antiga rodoviária de Florianópolis, protocolado pelo IAB/SC (Instituto de Arquitetos do Brasil – Santa Catarina).
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No documento entregue em Brasília, o parlamentar manifestou “profunda preocupação com a iminente ameaça de demolição” do imóvel, que considera de “inestimável valor histórico, cultural e arquitetônico”.
Segundo Marquito, a antiga rodoviária é um “notável e raro exemplar da arquitetura modernista preservada em Santa Catarina”, que além de marcar a paisagem urbana, foi por décadas ponto de conexão e memória afetiva de várias gerações, representando um elo na história do desenvolvimento da cidade.
Manifesto entregue ao Iphan
O deputado também protocolou um manifesto com 29 assinaturas em defesa da preservação do prédio. O texto argumenta que a demolição “apagaria um traço de nossa identidade” e “causaria dano irreparável ao importante conjunto paisagístico e arquitetônico de seu entorno”.
Disputa no Ministério Público
O impasse sobre o futuro da antiga rodoviária também expõe uma situação incomum no MPSC (Ministério Público de Santa Catarina): a atuação divergente de duas promotorias.
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A 28ª Promotoria de Justiça (Meio Ambiente) obteve na Justiça uma decisão que impede a demolição, até que seja avaliado o valor histórico e arquitetônico do imóvel.
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Já a 30ª Promotoria (Cidadania e Direitos Fundamentais) defende o oposto, alegando que a degradação atual coloca a população em risco e que a derrubada seria a solução adequada.