Cerca de sete pessoas procuram a polícia por dia em Santa Catarina para denunciar o crime de injúria racial. Por mês, a frequência de ofensas relatadas por conta da raça, cor, etnia, religião ou origem chegou a 200. No estado, 1.604 casos foram notificados entre 1º de janeiro e 31 de agosto deste ano, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP).
Em 2020, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Estado teve o maior registro de casos do Brasil, com 2.865 violências no ano. O número de casos do crime ficou na frente de estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, que no último ano também tiveram mais de 1 mil casos.
Dos quatros estados, com as maiores taxas de casos de injúria, Santa Catarina tem a menor taxa de população parda e negra.
O crime está previsto no artigo 140 do Código Penal e acontece quando a honra de uma pessoa específica é ofendida por conta da raça, cor, etnia, religião ou origem. A pena para quem comete este tipo de delito é reclusão de 1 a 6 meses ou multa.
Em relação ao racismo, que ocorre quando as ofensas são direcionadas a um grupo de pessoas, Santa Catarina registrou 69 casos entre janeiro e agosto, segundo a SSP.