Quatro hospitais da rede pública em Joinville, no Norte catarinense, estão com sobrecarga na ocupação de leitos de UTI, segundo dados recentes divulgados. Dos 157 leitos ativos, todos estão ocupados, conforme a última atualização da SES (Secretaria de Estado da Saúde) nesta quarta-feira (24).
De acordo com a SES, o aumento nos casos de doenças infecciosas virais, como dengue, além de doenças respiratórias, tem levado a uma maior demanda por atendimentos no sistema de saúde do Estado, afetando todas as regiões.
Em Joinville, os 157 leitos de UTI estão divididos em:
- Adultos: 97 leitos;
- Neonatais: 37 leitos;
- Pediátricos: 30 leitos.
Conforme o mapa da Secretaria de Saúde do Estado, todos os leitos estão ocupados. No Hospital Municipal São José, a ocupação estava em 100%, mas atualizações da Prefeitura de Joinville na manhã desta quarta-feira indicavam 97% de ocupação, com dois leitos disponíveis.
Apesar da alta demanda, a direção do Hospital Municipal São José informou que os atendimentos estão ocorrendo normalmente e que a procura por leitos está dentro da média esperada para o período, com motivações de internação variadas.
Vagas em outros hospitais
A SES reforça que o sistema hospitalar público de Santa Catarina opera em rede. “Quando não há vaga em um hospital, busca-se leito, via regulação, em outros hospitais, primeiro na região e depois fora dela”, informou em nota.
Na região, Jaraguá do Sul tem quatro dos 48 leitos de UTI disponíveis. No Planalto Norte catarinense, a ocupação está em 97%, com dois leitos disponíveis.
Leitos de enfermaria
Joinville também apresenta uma alta taxa de ocupação de leitos de enfermaria (86,6%). Dos 789 leitos ativos, 105 estão disponíveis.
Expansão de Leitos de UTI
Desde 2023, o governo do Estado informou que abriu 191 novos leitos de UTI em diversas regiões. Nesta semana, foram abertos 10 leitos adultos e mais oito pediátricos. O governo planeja expandir esse número.
Centros de referência e capacidade operacional
Ainda segundo a secretaria, os hospitais de Santa Catarina são centros de referência para procedimentos de alta complexidade e oferecem acesso porta aberta a todas as especialidades médicas.
“Consequentemente, é comum que as UTIs tenham uma taxa de ocupação geralmente superior a 80% nos hospitais de grande porte. As unidades possuem capacidade instalada para operar neste modelo”, informou a SES em nota.
Baixa procura por vacinas
O Estado também ressaltou que a vacina contra a gripe está disponível para aplicação nos grupos elegíveis e a vacina contra a dengue para regiões específicas. No entanto, tem-se observado uma baixa procura pelos imunizantes.