Região metropolitana de Florianópolis gera mais empregos que demissões em novembro

Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu registraram em novembro um saldo positivo de empregos gerados. Segundo o cadastro geral de empregados e desempregados (CAGED) do IBGE, divulgado nesta quinta-feira (23), a região metropolitana de Florianópolis teve 1.934 novos empregos acima da taxa de desemprego. A média acompanha também o crescimento de Santa Catarina, que atingiu um saldo de 17.869, uma variação de 0,78% em relação ao mês de setembro, a mais alta entre os estados da região sul.

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Florianópolis gerou 11.990 empregos, mas viu surgir 8.555 novos desempregados. O saldo de 3.435 foi o maior de todo o Estado, e a variação de 1,78% puxou o índice da região metropolitana. Em seguida, Palhoça (1,40%), São José (1%) e Biguaçu (0,70%). O setores de serviços e turismo são responsáveis pela maior parte da receita e PIB dessas cidades, o que pode explicar um aumento de vagas de empregos durante o início da temporada de verão, como explica a economista e professora de economia e finanças públicas da Udesc Esag, Ivoneti Ramos.

“Florianópolis ficou por muito tempo voltada para a concentração da gestão administrativa do estado, em função de ser capital, focando nos serviços públicos e, em função dos recursos naturais, dedicada à pesca e o turismo, embora seja uma pauta diversificada, mas turismo e pesca têm elementos sazonais que impactam o desempenho final do município.”

A maior cidade do Estado, Joinville, foi a que mais demitiu, em números absolutos. Foram 10.293 desempregados em novembro, apesar de 11.335 novos empregos, com variação de 0,48%. Nacionalmente, a indústria foi um dos setores que menos empregou (0,10%), diferentemente do comércio, o de maior variação entre todos os setores (1,44%). Para a economista, as atividades variam muito entre as regiões de Santa Catarina.

“Joinville e Itajaí buscaram na indústria o seu ponto focal e fortaleceram os serviços que nasceram em torno da produção industrial, que é um casamento econômico interessante, que se retroalimenta. Foram escolhas e uso dos recursos que levou a essa configuração. Com o desenvolvimento da área tecnológica em Florianópolis, esse cenário pode mudar em alguns anos”.