Santa Catarina já tem 7.500 presos trabalhando, e governo quer ampliar número com novos editais em presídios

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Foto: Eduardo Valente/Reprodução

A Sejuri (Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social) publicou 18 editais de chamamento público que permanecem com inscrições abertas para empresas interessadas em implantar oficinas de produção dentro de unidades prisionais de Santa Catarina.

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Os editais ofertam 30 espaços, já edificados ou destinados à construção, somando 19 mil m² em presídios e penitenciárias do estado. A medida poderá absorver até 2.000 presos em atividades laborais.

Para o próximo mês, está prevista a abertura de mais 18 editais, oferecendo 40 áreas adicionais (13 mil m²) e até 1.200 novas vagas de trabalho prisional.

Trabalho como ferramenta de ressocialização

Segundo a secretária de Justiça e Reintegração Social, Daniele Amorim, a iniciativa reforça o papel do trabalho na reintegração social:

“Estamos ampliando as parcerias com empresas de diferentes setores porque acreditamos no trabalho como caminho essencial para a transformação social. Essa política permite que os presos tenham uma nova perspectiva de vida e, ao mesmo tempo, que as empresas tenham acesso a mão de obra produtiva e qualificada.”

O coordenador de Trabalho e Renda da Sejuri, Fábio Roberto Ramos, também destacou os ganhos da parceria:

“Quando a empresa participa desse processo, ela não está apenas otimizando seus custos de produção, mas também contribuindo diretamente para a reintegração social e para a redução da reincidência criminal. É uma parceria de resultados para todos os envolvidos.”

Santa Catarina é referência nacional

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Foto: Eduardo Valente/Reprodução

Em SC, cerca de 7.500 presos já trabalham de forma remunerada em setores como têxtil, eletrônico, plástico e montagem de peças, em parceria com cerca de 100 empresas, incluindo Intelbrás, Khronos, WEG, Tigre e Taschibra.

O estado ocupa a 2ª posição no país em número de presos trabalhando, atrás apenas de São Paulo, cuja população carcerária é sete vezes maior.

O modelo catarinense também garante benefícios legais às empresas: não há incidência de encargos como FGTS, férias + 1/3, 13º salário e INSS. Além disso, as companhias que instalam oficinas nas unidades podem ter isenção de IPTU, aluguel, energia e água, dependendo da atividade.

Benefícios aos presos

  • Jornada: 6 a 8 horas diárias, com descanso remunerado em domingos e feriados.

  • Direito: possibilidade de remuneração extra aos sábados.

  • Remição de pena: a cada 3 dias trabalhados, 1 dia é abatido da sentença.

  • Impactos: geração de renda, capacitação, apoio às famílias e aumento das chances de reinserção social após o cumprimento da pena.

Como participar

As empresas interessadas podem acessar os editais no site oficial da Sejuri: Editais de Chamamento Público – Sejuri

📞 Mais informações: (48) 3665-7344
📱 WhatsApp funcional: (48) 8871-4601

Exemplos de oportunidades já abertas:

  • Penitenciária de São Pedro de Alcântara – COPE: 680 m² (85 vagas) – Formulário

  • Presídio Feminino de Chapecó: até 260 m² (70 vagas) – Formulário

  • Penitenciária Industrial de Blumenau: até 250 m² (45 vagas) – Formulário

  • Penitenciária Regional de Curitibanos: 7.900 m² (270 vagas) – Formulário

  • Presídio Regional de Itajaí: até 520 m² (120 vagas) – Formulário

(Confira a lista completa no site oficial da Sejuri).




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