
O Avaí não conseguiu aproveitar a chance de se aproximar do G-4 e saiu de Ponta Grossa com um empate sem gols diante do Operário-PR, na noite desta terça-feira (19), no Estádio Germano Krüger. O resultado no complemento da 22ª rodada da Série B deixa a equipe azurra na oitava colocação, com 33 pontos, três a menos que o quarto colocado. O próximo desafio será em casa, diante do Amazonas, na segunda-feira (25), às 21h30.
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A atuação do time comandado por Jair Ventura foi muito abaixo do esperado. O treinador apostou em três atacantes, mas a estratégia não deu certo: Alef Manga, Cléber e Emerson Ramon pouco produziram e praticamente não incomodaram a defesa adversária. O meio-campo, aberto pela opção tática do treinador, deu liberdade para o Operário jogar no primeiro tempo, enquanto os atacantes do Avaí foram figuras decorativas em campo, sem qualquer efetividade.
Jair explicou após o jogo que a intenção era vencer e, por isso, escalou mais homens de frente. Mas a lógica de que quantidade de atacantes significa gols não se confirmou. Faltaram criatividade, posse de bola e jogadores capazes de municiar o ataque. Sem esse equilíbrio, o time repetiu erros recorrentes e mostrou fragilidade justamente em seu setor mais carente. No fim, ficou clara a necessidade de rever conceitos e buscar alternativas, seja com ajustes táticos ou até apostando em jovens atletas.
O lance mais polêmico da partida aconteceu já nos acréscimos do segundo tempo. O árbitro João Vitor Gobi marcou pênalti de Miranda em Guilherme Santos, mas foi chamado ao VAR por Vinícius Furlan e acabou anulando a decisão. O lance foi confuso: em um ângulo parecia falta, em outro o atacante pisa no pé do zagueiro. A discussão vai se prolongar, mas não apaga o fato de que o Avaí pouco fez para merecer os três pontos.
O time ainda teve chances isoladas: Hygor desperdiçou uma boa oportunidade já no fim e Cléber, antes de sair, quase marcou, mas Joseph salvou em cima da linha. Fora isso, a partida foi pobre tecnicamente e deixou clara a limitação ofensiva azurra. Para sonhar com o acesso, será preciso mais do que insistir em peças que não rendem. Jair Ventura terá de repensar sua estratégia e dar ao Avaí um padrão competitivo capaz de enfrentar a reta final da Série B.