Jogadores do Avaí protestam pelo atraso salarial e não concentram para domingo

Atletas unidos no protesto e no objetivo de ganhar do Cuiabá          Foto: Guilherme Griebeler/AFC

O clima no Avaí segue tenso fora de campo. Com salários atrasados (um mês de CLT e dois meses de direitos de imagem, que representam mais de 60% da remuneração de cada atleta), o elenco decidiu protestar. A medida será não se concentrar antes do jogo de domingo contra o Cuiabá, na Ressacada, às 16 horas, e também não conceder entrevistas. Cada jogador ficará em casa e se apresentará diretamente no estádio no dia da partida, rompendo com a praxe de hospedagem e rotina controlada na véspera.

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O presidente Júlio Heerdt, em entrevista na semana passada, admitiu as pendências salariais e explicou que já recorreu ao sistema bancário para tentar recompor o fluxo de caixa. O clube está em dia com as parcelas da Recuperação Judicial, mas enfrenta dificuldades graves para quitar a folha CLT e os direitos de imagem. Gastos elevados na gestão de Eduardo Freeland (já fora do clube), com contratações caras e contratos longos, agravaram o cenário, incluindo passivos como o processo judicial movido por Willian Pottker, com cobrança superior a R$ 1 milhão.

A decisão de não concentrar foi alinhada com a diretoria, mas, diante da confirmação de que até sexta-feira a situação não seria resolvida, o grupo manteve a postura de protesto. Para muitos atletas, o atraso impacta diretamente na vida pessoal e familiar, além de prejudicar a imagem do clube. O presidente reforça que busca soluções, mas não apresenta até o momento uma fonte concreta de recursos.

Dentro de campo, o momento é decisivo. Avaí e Cuiabá fazem confronto direto na briga pelo G-4 da Série B. A promoção especial de Dia dos Pais, em parceria com o patrocinador máster, já garantiu mais de cinco mil ingressos vendidos antecipadamente, prometendo casa cheia na Ressacada. A arbitragem será comandada por André Luiz Skettino Policarpo Bento (MG), com Ricardo Junio de Souza (MG) e Anderson da Silva Rodrigues (CE) como assistentes, além de Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (RN) no VAR.

O desafio para o Avaí será entrar em campo com foco total, apesar do ambiente conturbado. O resultado contra o Cuiabá pode impulsionar a campanha pelo acesso ou aprofundar a crise, caso o extra campo pese mais que o futebol.




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