Florianópolis lidera projeto inovador para preservar os mares e produzir com sustentabilidade

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Foto: Epagri/Reprodução

Um novo equipamento desenvolvido em parceria entre a Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) e a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) está revolucionando os estudos sobre os impactos ambientais da maricultura em Santa Catarina. A tecnologia representa um avanço significativo para o setor, no qual Florianópolis já é referência nacional.

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O sistema alia sensores de vazão com tecnologia de transmissão de dados em tempo real, permitindo analisar com precisão a quantidade de fezes e pseudofezes produzidas por moluscos bivalves, como ostras e mexilhões. Esses resíduos, quando acumulados no fundo do mar, podem comprometer a qualidade da água e do solo marinho.

No laboratório, os pesquisadores replicam o ambiente marinho com água do mar distribuída em 12 compartimentos individuais, onde moluscos vivos são mantidos. Os sensores medem a quantidade de água filtrada por cada animal, enquanto o equipamento coleta automaticamente os resíduos produzidos. Todos os dados são transmitidos para os servidores da Epagri, em Florianópolis, utilizando protocolos da chamada Iot (Internet das Coisas).

As informações podem ser acessadas em tempo real por meio de um aplicativo exclusivo, que permite monitorar o desempenho de cada compartimento. O projeto integra a pesquisa “Análise da operação unitária de sedimentação das fezes e pseudofezes de moluscos bivalves”, financiada pela Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina), e está alinhado aos objetivos da Década da Ciência Oceânica da ONU.

Com os dados obtidos, os pesquisadores poderão aprimorar o planejamento das áreas de cultivo, promovendo práticas mais eficientes e sustentáveis. A ferramenta também apoia decisões técnicas e políticas sobre o uso do espaço marinho, promovendo o equilíbrio entre produção e conservação ambiental.

Segundo dados da Epagri/Cepa, em 2023 Santa Catarina produziu pouco mais de 7 mil toneladas de moluscos, sendo cerca de 5 mil toneladas apenas de mexilhões. A atividade envolveu 292 produtores, principalmente na Grande Florianópolis, que dependem diretamente da saúde dos oceanos para garantir a continuidade de seus negócios.

A iniciativa reforça a importância da união entre ciência, tecnologia e tradição, mostrando como a inovação pode impulsionar o desenvolvimento sustentável da maricultura e fortalecer a economia local, sem abrir mão da preservação ambiental.




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