Mês dos namorados: médico da Unimed explica como age o coração apaixonado

Mês dos namorados: médico da Unimed explica como age o coração apaixonado
Foto: Reprodução/Internet

Uma palpitação diferente, aquele sorriso aberto no rosto, borboletas no estômago e até a sensação de que o coração vai sair pela boca ao encontrar a pessoa amada. Você já se identificou com esses sintomas? Possivelmente, na ocasião, estava sob o efeito da paixão.

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Essas são algumas das características despertadas pela liberação no corpo de substâncias químicas como a dopamina, a oxitocina e a serotonina quando nos apaixonamos, desencadeando sentimentos de felicidade, euforia e uma ligação emocional com a pessoa desejada. Ou em outras palavras, a flecha do cupido que acertou o coração.

O cardiologista do Hospital Unimed, Dr. Gustavo Bregagnollo, explica que o coração dos apaixonados passa por mudanças físicas. A começar pelos batimentos, que ficam mais rápidos do que o normal, o que muitas pessoas conhecem por “borboletas no estômago”. “Isso ocorre porque nosso organismo responde ativando o que é chamado sistema simpático, liberando substâncias que aceleram o coração, como adrenalina e noradrenalina”, afirma o médico.

Alguns apaixonados podem sentir o coração pulsar mais forte: são as palpitações. De acordo com o cardiologista, é outro efeito da ativação desse mesmo sistema, fazendo com que o órgão trabalhe de forma intensa, além de também estarmos mais sensíveis.

Até o rosto mais corado quando avistamos a pessoa amada tem explicação científica. “A paixão é complexa mesmo: trata-se da ativação de outro sistema, o parassimpático, com aumento da produção de óxido nítrico, que provoca a dilatação dos vasos sanguíneos, nos fazendo sentir calor e ficar com o rosto corado”, diz o especialista.

Paixão que faz bem além dos anos

Quando o amor é verdadeiro e cultivado ao longo de décadas, nem mesmo a separação física é capaz de apagá-lo. É o que vive até hoje a senhora Jerusa (foto). Viúva há nove anos, após um casamento de seis décadas, ela ainda sente no corpo e na alma os efeitos da paixão por seu marido, Walter.

Jerusa guarda com carinho fotos, memórias e histórias. Fala com ternura sobre a ausência que sente e sobre como o amor mantém viva a presença de Walter em seu cotidiano. Um episódio marcante ilustra essa conexão que atravessa o tempo: há pouco mais de dois anos, enfrentando um tratamento contra o câncer, ela levava consigo a foto do marido em todas as consultas e internações. Sentia-se amparada, como se ele estivesse ali, ao seu lado.

“Eu me sinto muito bem falando do meu marido. Sou uma eterna apaixonada”, diz ela, que recorda com precisão os olhos azuis de Walter. “Eram como céu de verão”, lembra.

A moradora de Florianópolis conta que na década de 1960, quando se conheceram em Lages, o namoro era muito diferente de hoje em dia. Conta que a primeira vez que foram ao cinema sua irmã mais nova os acompanhou. Quando chegaram do passeio, a caçula entrou e deixou o casal se despedir a sós no jardim da casa. Foi quando Walter a beijou pela primeira vez.

“Eu saí sem nem dar tchau, tamanho o nervosismo. Naquela época a gente não podia nem andar de mãos dadas, muito menos beijar” – relata Jerusa, contando que sentiu as tais borboletas no estômago causadas pela paixão.

Ainda no início do namoro, Walter partiu para o Rio de Janeiro, onde serviu ao Exército por um ano e alguns meses. Mesmo à distância, o amor floresceu em palavras: eram três cartas por semana de ambos os lados — longas e apaixonadas. Quando ele voltou, ficaram noivos e se casaram. Ele era ciumento, mas me protegia. Foi pai, marido e amigo, daquele que brincava, dançava, amava com intensidade”, relembra.

Segundo Jerusa, foi um amor de conto de fadas. E mesmo após nove anos de viuvez, ela afirma: “Amo meu marido do mesmo jeitinho que amei sempre”.

Jerusa mantém o sentimento intacto. E crê firmemente: um dia, eles vão se reencontrar — ele sabendo que é ela, e ela sabendo que é ele. Porque algumas almas se reconhecem na eternidade.

E quanto a você, quais dos sinais sente quando está apaixonado?




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