Primeira fumaça de conclave está prevista para 14h desta quarta-feira

Primeira fumaça de conclave está prevista para 14h desta quarta-feira
Foto: Reprodução/Internet

O conclave que vai eleger o próximo Papa começou nesta quarta-feira (7), quando os cardeais eleitores se reuniram a portas fechadas na Capela Sistina para definir o sucessor de Francisco. O processo teve início com a “Missa Pro Eligendo Pontifice” (Missa para a Escolha do Pontífice), na Basílica de São Pedro, presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício.

Depois, às 16h30 (11h30 em Brasília), a primeira rodada de votação do conclave é iniciada. Um dos momentos mais simbólicos da Igreja Católica, a fumaça que indica a eleição (ou não) de um novo Pontífice já tem horários previstos para acontecer. A primeira delas — normalmente preta, já que dificilmente há consenso logo na primeira rodada de votação — está prevista para às 19h de quarta-feira (14h em Brasília).

Horários do conclave a partir do segundo dia

A partir do segundo dia, o ritmo segue um padrão estabelecido: são quatro votações por dia, duas pela manhã e duas à tarde. No entanto, só há previsão de uma fumaça por turno de votação, podendo aparecer às 5h30 ou 7h e 12h30 ou 14h.

O que acontece se o novo Papa for escolhido no primeiro dia?

Caso o novo Papa seja escolhido já na primeira votação de uma das sessões, a fumaça branca pode aparecer antes do horário previsto, indicando que o quórum de dois terços foi alcançado. Se não houver, a queima com a emissão da fumaça preta ocorre só no segundo horário de cada turno. Após a fumaça branca, o anúncio oficial — o tradicional “Habemus Papam” — costuma ocorrer entre 45 minutos e uma hora depois, com o novo Pontífice se apresentando na sacada da Basílica de São Pedro.

O que acontece se o novo Papa não for escolhido?

Caso a definição do novo Pontífice não seja feita em três dias, a votação é suspensa para um dia de oração.

Como é feita a fumaça branca e preta do conclave?

As fumaças são geradas pela queima das cédulas eleitorais em um fogareiro especial na Capela Sistina. Para evitar dúvidas, naftalina e lactose são adicionados para gerar, respectivamente, a fumaça preta e a branca. Desde 2005, um sistema garante que as cores sejam nítidas — e que os fiéis não precisem mais interpretar a fumaça à distância, como acontecia no passado.

Na semana passada, o Vaticano anunciou que dois cardeais eleitores — com menos de 80 anos — não estarão presentes por motivos de saúde. Com isso, o número de cardeais votantes será de 133 (sendo sete brasileiros) e os dois terços necessários para a eleição ficam em 88. O idioma oficial do conclave será o italiano, mas haverá intérpretes.

Como funciona a eleição do novo Papa no conclave?

Por sorteio, três cardeais são designados “escrutinadores”, outros três como “infirmarii” (encarregados de recolher o voto dos cardeais doentes) e mais três como revisores para verificar a contagem.

Juntos, os cardeais recebem cédulas retangulares com a frase “Eligo in Summum Pontificem” (“Elejo como Sumo Pontífice”) na parte superior, com um espaço em branco logo abaixo para que os eleitores escrevam o nome de seus candidatos à mão, “com a caligrafia mais irreconhecível possível”. Em tese, é proibido votar no próprio nome.

Cada cardeal se dirige por turnos ao altar, segurando sua cédula no ar para que seja bem visível, e pronuncia em voz alta o seguinte juramento em latim: “Ponho por testemunha a Cristo Senhor, que me julgará, de que dou meu voto a quem, na presença de Deus, acredito que deve ser eleito.” Eles depositam suas cédulas em um prato e as deslizam na urna diante dos escrutinadores. Depois, voltam para suas cadeiras.

Cardeais que, por motivo de saúde ou idade avançada, não conseguem ir até a urna entregam seu voto a um escrutinador, que o deposita em seu nome.

O escrutínio

Uma vez recolhidas todas as cédulas, um escrutinador agita a urna para misturá-las, transfere as cédulas para um segundo recipiente e outro cardeal as conta. Dois escrutinadores anotam os nomes, enquanto um terceiro os lê em voz alta e perfura as cédulas com uma agulha no ponto em que está a palavra “Eligo”. Os revisores comprovam em seguida que não foram cometidos erros.

‘Habemus Papam’

O cardeal eleito deverá responder a duas perguntas do decano: “Aceita sua eleição canônica para Sumo Pontífice?” e “Como deseja ser chamado?”. Caso responda sim à primeira, torna-se Papa e bispo de Roma. Um por um, os cardeais expressam um gesto de respeito e obediência ao novo Papa, antes do anúncio aos fiéis. Da varanda da basílica de São Pedro, o cardeal protodiácono anuncia “Habemus papam”. Em seguida, o novo Pontífice aparece e pronuncia a bênção “urbi et orbi” (“à cidade e ao mundo”).

Com informações de AFP.




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