
A noite de segunda-feira (28) marcou um duro e decisivo capítulo na história recente do Figueirense. Em crise na Série C, na zona de rebaixamento e sem respostas dentro de campo, a SAF alvinegra, liderada por Paulo Prisco Paraíso, decidiu agir. Em uma decisão colegiada, foram demitidos o CEO Enrico Ambrogini e o técnico Thiago Carvalho. O clube entende que precisava de mudanças profundas para estancar os prejuízos e ainda manter vivo o sonho da classificação à próxima fase.
Enrico Ambrogini, que havia chegado ao Orlando Scarpelli no final de 2023 respaldado por passagens em grandes projetos como o Valladolid e o Cruzeiro, deixa o clube menos de um ano e seis meses após sua chegada. Sua missão era reestruturar o Figueirense junto ao fundo Clave Capital, que busca a aquisição definitiva da SAF. No entanto, os investimentos realizados até agora seguem como empréstimos, uma vez que a venda definitiva pode demorar até três anos para ser concretizada. A operação agora fica sob responsabilidade interina do CFO Leonardo Rodrigues.
Dentro de campo, os resultados não vieram. Thiago Carvalho, contratado em dezembro de 2024 para reerguer o Figueirense, conquistou apenas um ponto em três rodadas da Série C e viu sua equipe mergulhar numa preocupante vulnerabilidade defensiva, o principal problema identificado desde o início da temporada. Após a eliminação precoce no Campeonato Catarinense e um início de Série C abaixo do esperado, a direção do clube entendeu que o trabalho precisava ser interrompido.

Com Thiago, também deixam o Furacão o auxiliar técnico Luís Gustavo Silva e o preparador físico Leonardo Raul de Melo Alves. O clube agradeceu aos profissionais em nota oficial e já trabalha nos bastidores para encontrar novos nomes que possam liderar uma arrancada imediata. A missão agora é clara: reagir rapidamente para afastar o risco de rebaixamento e buscar uma vaga entre os oito primeiros que avançam de fase.
O momento é de ruptura, coragem e ação. Sem margem para novos erros, o Figueirense aposta que a troca no comando, tanto dentro quanto fora de campo, possa trazer o novo fôlego que o clube precisa. A Série C é implacável, e o Furacão sabe que o desafio é gigantesco: ou reage agora, ou o preço pode ser irreversível.