
O prefeito da Capital, Topázio Neto, confirmou, em entrevista à Jovem Pan News Florianópolis, que começa nesta semana a demitir professores substitutos que não deveriam ter aderido a greve, pois são contratados temporariamente e contribuem ao INSS e não a previdência da prefeitura.
A greve provocada pelo Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Florianópolis) é contra a reforma da previdência que tramita na Câmara de Vereadores. A paralisação está no 13º dia.
Ainda não se tem um número específico de quantos professores podem ser desligados da prefeitura a partir desta segunda-feira (24). Topázio voltou a afirmar que a greve é política e que os contratos dos professores temporários permitem a demissão imediata.
O déficit nas contas da previdência da Prefeitura de Florianópolis gira em torno de R$ 8 bilhões, o que dá aproximadamente duas arrecadações e meia anuais. A preocupação do município é que os servidores fiquem sem pagamentos de salários nos próximos anos, se não houver a correção nos prazos de contribuição.
Isso significa que, com o envelhecimento da população e a longevidade maior, a previdência precisa se equilibrar com mais pessoas contribuindo por mais tempo. Esse pacote na Câmara pode reduzir em R$ 2 bilhões o déficit nas contas da prefeitura.
E mais uma informação: na tarde desta segunda, a vereadora Manu Vieira do PL, presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara de Vereadores, vai ler o relatório e encaminhar a aprovação das duas matérias que contemplam a reforma da previdência. A sessão está prevista para às 16h.
Depois da leitura, as matérias seguem o tramite normal nas demais comissões da casa. E conforme comentou o prefeito, a aprovação não ocorrerá antes do fim de março.