Não foi a estreia dos sonhos do novo Figueirense, mas o empate sem gols diante do Joinville, na Arena, foi ponto somado e a certeza de que a equipe do técnico Thiago Carvalho tem tudo para evoluir no Campeonato Catarinense de 2025. Os reflexos da pré-temporada ficaram bem nítidos na falta de entrosamento e na questão física dos atletas, que sentiram demais a perna pesada por conta dos treinamentos. O Figueirense ainda carece de um melhor trabalho técnico, desenvolvimento individual e aprimoramento da parte coletiva. Na próxima rodada, a equipe recebe o Hercílio Luz, no Estádio Orlando Scarpelli, próximo sábado (18), às 19 horas.
Na entrevista coletiva após a partida, o técnico Thiago Carvalho foi bem claro em relação às expectativas da temporada. Entendo que há muito o que evoluir o grupo alvinegro para chegar aos objetivos pretendidos. “Sabia que a ansiedade da estreia iria atrapalhar alguns jovens. Mas defensivamente nos comportamos muito bem. Ajustamos no intervalo o posicionamento e fisicamente a equipe surpreendeu. Vi muitas coisas legais na partida e tudo isso faz parte do processo”, disse Thiago.
No primeiro tempo o Figueirense teve uma atuação acanhada, com muitos erros de passe e dificuldades em lidar com a pressão do Joinville. Faltou acreditar mais e trocar passes com inteligência para criar oportunidades. O principal lance de perigo do Figueirense foi aos 28 minutos, em um cruzamento de Lucas Mineiro que exigiu grande defesa de João Macário. Gabriel Santiago esteve apagado na partida e não conseguiu se destacar. O Joinville, por sua vez, quase marcou em uma jogada ensaiada de escanteio aos 38 minutos, mostrando maior organização nas bolas paradas.
Na etapa final, o Figueirense começou melhor, com um cruzamento de Léo Maia que levou perigo logo aos 2 minutos. João Lucas também arriscou um chute de fora da área, mas sem sucesso. Thiago Carvalho promoveu substituições para tentar mudar o cenário: Camilo entrou no lugar de Gabriel Santiago e Nicolas substituiu Lucas Mineiro, buscando maior controle no meio de campo e posse de bola. O técnico Hemerson Maria tentou também alternativas, mas o placar segue em branco e empate foi bem recebido pelas duas equipes.
A destacar o episódio de violência no intervalo da partida, quando torcedor alvinegros sofreram tiros de bala de borracha disparados por um policial militar. A situação não ficou bem explicada, pois os torcedores se deslocaram para banheiros e bares, mas houve a intervenção militar. Ficou a impressão de exagero e falta de tranquilidade dos policiais para administrar como convém uma situação perigosa em estádio de futebol. Alguns torcedores ficaram feridos e a situação precisa ser esclarecida pelas autoridades.
Confira a entrevista de Thiago Carvalho:
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