A derrota por 1 x 0 para o Paysandu na noite de segunda-feira (11), em Belém do Pará, no Estádio da Curuzu, rebaixou o Brusque para a Série C do Brasileiro. A equipe tem dois jogos por fazer e com 33 pontos não consegue mais alcançar o CRB, o primeiro time fora do Z-4.
A equipe de Marcelo Cabo até chegou a ensaiar uma recuperação no campeonato ao voltar a jogar no Estádio Augusto Bauer, mas depois tropeçou contra o CRB e Botafogo-SP e caiu. Agora fará companhia ao Figueirense novamente na disputa da Série C do Brasileiro.
Convém lembrar que o Brusque estava na Série B em 2022, mas foi rebaixado e disputou a Série C no ano seguinte. Subiu e chegou a fazer a decisão do título diante do Amazonas, derrotado em casa.
Para a atual temporada, a direção do Clube Atlético Carlos Renaux, proprietária do Estádio Augusto Bauer, decidiu recuperar o estádio e ampliar a sua capacidade, em acordo com o próprio Brusque. As obras demoraram bastante, mas o estádio foi ampliado, ganhou grama sintética e condições de receber jogos com mais conforto.
O Brusque ao longo do Catarinense e depois o Brasileiro da Série B virou um clube nômade, jogando em vários estádios. Onde mais fixou residência foi o Estádio Dr. Hercílio Luz, do Marcílio Dias, em Itajaí. Chegou a jogar na Ressacada e Arena Joinville.
No estadual, sob comando de Luizinho Lopes, que tinha sido o técnico também do acesso em 2023, a equipe fez boa campanha. Eliminou o Avaí em dois jogos na semifinal e perdeu a decisão para o Criciúma, em jogos equilibrados.
A campanha na Série B deste ano começou bem, mas depois a equipe passou por oscilação e a diretoria não teve paciência com resultados negativos, demitindo Luizinho Lopes, o grande erro da gestão do presidente Danilo Rezini.
Contratou o técnico que tinha saído do Amazonas, Luizinho Vieira e não conseguiu reagir. Marcelo Cabo veio por último, depois de ter salvado o Floresta do rebaixamento para a Série D. Começou bem o trabalho, mas encontrou dificuldades de sequência e foi penalizado com os tropeços em casa.
O Brusque neste vai e vem de divisão pode se reerguer para 2025 com o trabalho do presidente Danilo Rezini e seu filho André Rezini, que toca o futebol. Tem capacidade e estrutura para isso e já mostrou que é possível.
O povo brusquense sempre pega junto e estará ao lado do time na arrancada para 2025. O primeiro desafio será o Campeonato Catarinense e depois a Copa do Brasil. Claro, o Brusque vai para a Série C com o objetivo de subir novamente, é candidato ao acesso.