A Frente Parlamentar do Ensino Técnico defende a necessidade de ampliação de vagas, abertura de novos cursos e aprimoramento no ensino em Santa Catarina.
Durante reunião na última semana, Lúcio Scheidt, vice-presidente do CRT-04 (Conselho Regional de Técnicos Industriais), apresentou temas relacionados à ampliação do ensino técnico nas áreas da indústria. Segundo ele, o mercado brasileiro precisará formar mais 2,2 milhões de novos profissionais técnicos até 2027, o que só será feito com maiores investimentos no ensino técnico público e de qualidade.
Ele também destacou a importância de Santa Catarina nesse processo, já que a região Sul é a segunda com maior demanda de formação técnica, atrás apenas do sudeste. “As principais necessidades são o número de escolas e aprimorar a educação porque a necessidade de técnicos é muito grande.”
De acordo com o deputado Mário Motta (PSD), o ensino técnico é muito importante. “A partir do esclarecimento de que um curso técnico pode colocar o jovem no mercado de trabalho com boa remuneração e também com perspectivas de aperfeiçoamento posterior”, destaca.
A reunião contou também com a presença de Vanessa Royer, representante da Facisc (Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina), Rômulo Azevedo, gerente educacional da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), Julice Dias, Pró-reitora de ensino da Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina), Jaqueline Aparecida da Silva Fortunato, do Unibave (Centro Universitário Barriga Verde), e Ana Cláudia Collaço de Mello, conselheira estadual de educação.
Rômulo Azevedo, da Fiesc, destacou que a formação de jovens no ensino técnico no Brasil é muito baixa, cerca de 7%, enquanto a média em países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é 40%.
Já para Ana Cláudia de Mello, é preciso realizar um trabalho junto com os estudantes para incentivar o ingresso no ensino médio técnico. Também informou que o Conselho vem conseguindo acelerar o cadastro de novos cursos técnicos no estado.
A Frente Parlamentar do Ensino Técnico está sob a coordenação do deputado Mário Motta e conta ainda com os deputados Fernando Krelling (MDB), Marquito (Psol) e Matheus Cadorin (Novo). É também formada por entidades da sociedade civil e órgãos governamentais.
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