O Ministério Público de Santa Catarina, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), deflagrou, nesta terça-feira (22), uma operação de combate a crimes contra a administração pública de Lages, na Serra catarinense. Segundo a investigação, as irregularidades teriam sido cometidas na contratação de artistas.
A operação foi batizada de Coliseu, em alusão ao maior e mais famoso símbolo do império romano, que foi construído entre 72 d.C e 80 d.C, com o objetivo de sediar eventos culturais da época, tal como a prática política do pão e circo, e luta entre gladiadores.
De acordo com o Gaeco, a operação busca desarticular uma associação criminosa, composta por agentes da prefeitura de Lages e empresas privadas, suspeitas de realizar a contratação direta ilegal de artistas. A Fundação Cultural de Lages seria usada no esquema.
Os artistas contratados teriam sido privilegiados no processo, a partir do recebimento de vantagens indevidas, o que configura o esquema criminoso. O grupo também teria utilizado documento falso e praticado os crimes de corrupção passiva, prevaricação e associação criminosa.
A operação conta com o apoio técnico da Polícia Científica de Santa Catarina, com vistas a preservação da cadeia de custódia no tocante as evidências arrecadadas de interesse investigativo.