A inflação acumulada nos últimos 12 meses em Florianópolis subiu para 5,18%, o segundo maior índice entre as capitais brasileiras. O ICV (Índice de Custo de Vida) da cidade é calculado pela Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina).
Nas demais cidades, os preços são aferidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), para compor o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Como o ICV e o IPCA são calculados basicamente com a mesma metodologia, os dados são comparáveis.
Quando se considera apenas a variação dos preços ao longo de 2024, a inflação de Florianópolis também manteve a posição anterior, em terceiro lugar, com 4,17%. Por esse critério, fica atrás da maranhense São Luís (4,81%) e da mineira Belo Horizonte (4,57%).
Confira o ranking:
- Belo Horizonte (MG): 6,16%
- Florianópolis (SC), segundo ICV da Udesc: 5,18%
- Goiânia (GO): 5,07%
- São Luís (MA): 4,61%
- Rio de Janeiro (RJ): 4,6%
- São Paulo (SP): 4,59%
- Brasília (DF): 4,51%
- Campo Grande (MS): 4,47%
- Fortaleza (CE): 4,41%
- Vitória (ES): 4,23%
- Rio Branco (AC): 4,13%
- Salvador (BA): 3,93%
- Aracaju (SE): 3,75%
- Curitiba (PR): 3,52%
- Porto Alegre (RS): 3,69%
- Belém (PA): 3,60%
- Recife (PE): 2,88%
O índice acumulado dos últimos 12 meses oferece melhor comparação das variações de preços entre as cidades do que a inflação mensal. O dado de 12 meses evita distorções provocadas por aumentos que acontecem apenas em determinadas épocas do ano, mas não ao mesmo tempo em todas as regiões, como as tarifas de energia, por exemplo.
Preços locais
Em Florianópolis, os preços ligados a alimentação, habitação e despesas pessoais foram os que mais puxaram a inflação local para cima. Considerando apenas o grupo Alimentação e Bebidas, os aumentos em 12 meses chegaram a 7,32%. O produto que mais encarece nesse grupo foi a batata inglesa, com aumento de 127%.
Outro grupo que pressionou a inflação anual é o da Habitação, com variação de 7,12%. Nesse caso, vários serviços e produtos contribuíram para puxar os preços para cima, desde artigos de limpeza como o amoníaco (26,7%), materiais de construção como pedras (19,5%), mão de obra para reparos (16,2%) até taxas de água e esgoto (16%).
As despesas pessoais tiveram aumento de 5,60% em Florianópolis nos últimos 12 meses, puxada por itens como pacotes turísticos (18,6%) e ração para animais (12,2%). Juntos, esses três grupos (alimentação, habitação e despesas pessoais) correspondem a mais de 45% do orçamento das famílias.
Os demais grupos pesquisados tiveram aumentos nos últimos 12 meses que ficaram abaixo do índice geral de 5,18%. É o caso dos transportes, com 4,77% – puxados principalmente pelas passagens aéreas (48,4%) –, dos artigos de residência (4,32%), saúde e cuidados pessoais (3,12%), educação (4,79%) e serviços de comunicação (3,45%). Já os artigos de vestuário ficaram mais baratos nos últimos 12 meses (-2,13%).