O Auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, no Campus Trindade, em Florianópolis, foi palco da abertura da segunda edição do Flufsc (Festival Literário da Universidade Federal de Santa Catarina) – Travessias Literárias, realizada na manhã desta segunda-feira (14).
Com homenagem ao escritor Salim Miguel, o evento realizado pela SeCArtE (Secretaria de Cultura, Arte e Esporte) contará com uma programação de três dias voltada aos públicos infantil, jovem e adulto, com destaque para a produção recente em literatura e a participação de autores nacionais e estrangeiros.
Na abertura do Festival, a secretária de Cultura, Arte e Esporte, professora Eliane Dias Debus, destacou que estarão reunidos, nos próximos dias e em diversas atividades, os profissionais da cadeia produtiva do livro: escritores, tradutores, ilustradores, editores, livreiros, entre outros.
Serão mais de 40 convidados presentes em mesas temáticas, rodas de conversas, intervenções artísticas, lançamentos de obras e debates. A iniciativa traz ainda estandes de editoras, varais literários, exposições de artes articuladas com a literatura e espaço de encontro entre leitores e escritores.
A cerimônia de abertura na manhã desta quarta contou com a presença da família de Salim Miguel, autor celebrado na edição deste ano.
“Com certeza, se aqui estivesse, Salim Miguel estaria muito feliz com a possibilidade de ver sua obra acessível a todos, pois defender a coisa pública, a cultura e a democracia sempre esteve entre as suas prioridades e nas de sua companheira de toda vida, Eglê Malheiros”, disse Sônia Miguel Malheiros, filha do homenageado.
Também estava presente a presidente da ACL (Academia Catarinense de Letras), Lélia Pereira da Silva Nunes, professora aposentada da UFSC, que na sua fala ressaltou a biografia do escritor e sua importância para literatura contemporânea catarinense.
A vice-reitora da UFSC, Joana Célia dos Passos, por sua vez, enfatizou a escolha do tema para esta edição: Travessias Literárias.
“Dialoga com as tantas ‘travessias’ que necessitamos fazer, uma vez que travessia implica deslocamento. Deslocamentos de tempo, de paixões, de territórios e geracionais, para podermos mergulhar na arte, na cultura, na literatura. Deslocamentos de verdades e de posições ideológicas, senão não conseguimos mergulhar e ter o ‘respiro’ proporcionado pela literatura e pela poesia”, disse.
Além de externar o desejo de que o Flufsc se torne um evento permanente da instituição, a vice-reitora afirmou que, para esta gestão, é um orgulho contribuir para que a Universidade continue “respirando com arte”.