Servidores aposentados do Estado e simpatizantes se reuniram em protesto na Assembleia Legislativa de Santa Catarina nesta quarta-feira (01) — eles condenam a reforma da previdência estadual, que passou a exigir uma contribuição de 14% dos servidores que ganham acima de um salário mínimo. O projeto de lei, de autoria do governador Carlos Moisés, foi sancionado em agosto deste ano, e contou com o apoio dos deputados da Assembleia Legislativa.
“Muita gente doente gasta com remédios que estão caríssimos, o desespero do servidor público quando a folha de pagamento saiu ontem foi terrível”, desabafou a servidora Tânia Fogaça, aposentada há 20 anos , que veio ao protesto de Tubarão, cidade do sul do estado. Para a manifestante, o governador traiu a categoria do funcionalismo público. “Ele nos enganou porque a categoria dele não entrou nesse pacote [militares]. Coube só aos servidores civis — é nós que vamos pagar essa conta”.
Governador como alvo
O principal alvo das criticas era o governador Carlos Moisés. Os representantes sindicais que utilizavam o sistema de som instalado no local ressaltavam a responsabilidade do governador — um deles foi vaiado por admitir ter votado em Moisés, quando exclamou, “Eu votei nele, mas não esperava isso”. Também foram instaladas faixas com dizeres “Moisés ladrão” e “Essa conta não é nossa”.