Após tomar conhecimento do inquérito civil do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), que apura supostas irregularidades na qualidade da água para consumo e o padrão de potabilidade no bairro Costeira do Pirajubaé, em Florianópolis, a Casan realizou visita técnica à região na terça-feira (23) à tarde e garantiu que apesar da coloração, a água é boa.
A equipe da companhia destacou que fez a visita por compromisso e responsabilidade com a qualidade da água tratada e fornecida aos consumidores. De acordo com o relatório do MPSC, quem mora entre a servidão Joaquim Xavier Batista e o bairro Rio Tavares estaria recebendo água sem o tratamento adequado para a potabilidade. A Casan nega o problema.
Algumas pessoas que evitam o consumo de água no local, ou que encontram água turva saindo das torneiras. Na área citada, também há moradores sem nenhuma reclamação quanto à qualidade da água consumida.
Segundo a assessoria da Casan, após a visita à represa do rio Tavares – antiga unidade de captação da companhia que não é mais utilizada -, onde está a construção desativada foram constatadas ligações irregulares, com tubulações ligando a represa até as casas.
A empresa afirma que essas ligações não são cadastradas e as ligações foram desfeitas. “Como já executado em outras ocasiões pela companhia, foi efetuado novamente o corte da tubulação”, informa.
Amostras da água serão enviadas para análise da Casan
Fiscais da Casan também visitaram a servidão Nelson Serafim Pereira. O objetivo era verificar a funcionalidade de um registro para isolar a água que, eventualmente, poderia vir da represa para as casas na Costeira.
“Foi constatado que o registro seguia fechado. Comprovando que nenhuma água sem tratamento estava indo para as unidades que a Casan abastece nessa localidade”, argumentou a empresa.
A Casan também informou que foram coletadas amostras de água nas ruas mencionadas pelo relatório do MPSC, que serão encaminhadas ao laboratório para as análises físico-químicas e bacteriológicas.
“Foi observado que a água coletada estava com bom aspecto, cristalina e com cloro, comprovando que é tratada. É importante frisar, ainda, que existem locais na Costeira que usam outras fontes para o consumo, não sendo essas unidades abastecidas pela Casan”, diz nota.
A companhia reiterou que, tão logo tome ciência formalmente do teor do inquérito, analisará os questionamentos e, dentro do prazo estabelecido, serão prestadas todas as informações requisitadas pelo órgão ministerial.