Dragagem do Itajaí-Açu: ação de SC para prevenir enchentes no Vale retira pedras, areia, árvores e até pneus do leito do rio

Dragagem do Itajaí-Açu: ação de SC para prevenir enchentes no Vale retira pedras, areia, árvores e até pneus do leito do rio
Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Secom

A obra de melhoramento fluvial no rio Itajaí-Açu, iniciada pelo governador Jorginho Mello no dia 11 de maio, tem diversos detalhes que pouco a pouco passam a fazer parte da rotina dos moradores de Rio do Sul.

Nas primeiras ações já foram retirados do leito do rio diversos pneus e todo o tipo de lixo, incluindo até aparelhos eletrônicos como geladeira e televisão. Tudo deve ser transportado para um bote espera ou para o “Bota Fora”, espécie de porto nas beiras do rio.

“Esse é um grande projeto e estamos cheios de esperança de que vamos aliviar o sofrimento de quem vive na região do Médio e Alto Vale e, com recorrência, vem sendo atingido por enchentes. Sabemos que é um longo e complexo processo e estamos fazendo tudo com muita seriedade, mas a o Governo também precisa da ajuda da sociedade. As pessoas precisam se conscientizar sobre a importância de cuidar da natureza e evitar jogar lixo nas ruas. São materiais que depois acabam entupindo bueiros e também indo para os rios”, diz o governador Jorginho Mello.

Esta fase do projeto prevê 8,2 km de desassoreamento, melhoramento das margens com retaludamento e a recomposição da mata ciliar. O investimento total do Governo catarinense para o serviço será de R$ 16,2 milhões.

Durante os próximos seis meses, a população vai se habituar a ver até quatro equipamentos de trabalho nas águas, cada um deles com uma retroescavadeira hidráulica, a plataforma, um rebocador e uma balsa contêiner. Cada balsa comporta aproximadamente 80 metros cúbicos do material a ser retirado: pedra, areia, madeira, árvores e, eventualmente, lixo.

O secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, coronel Fabiano de Souza, explica que, ao contrário do senso comum, esse tipo de serviço não pode ser feito com dragagem de sucção, como visto em praias, por exemplo.

“Para um trabalho efetivo em leito de rio, principalmente que sofreu com inundações, inevitavelmente quando falássemos de desassoreamento, uma draga por sucção, não faria o serviço completo e sem dúvida nenhuma teria ainda muito problema com o equipamento. O correto é utilizar uma retroescavadeira hidráulica, porque ela precisa fazer a remoção não apenas de areia, mas solo e materiais sólidos”, explica o secretário.




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