PF deflagra operação para prender para combater grupo especializado em crimes previdenciários

Uma grande quantia de valor em dinheiro foi encontrado durante o cumprimento de mandados | Foto: Comunicação Social da Polícia Federal em Santa Catarina / Reprodução

Foi deflagrada pela Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (11), a Operação Segue o Baile, que visa desmantelar um grupo criminoso dedicado à prática de estelionato previdenciário.

A operação é resultado de um trabalho desenvolvido pela Força-Tarefa Previdenciária em Santa Catarina, composta pela Polícia Federal e a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista no estado.

Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão nos estados de Santa Catarina (Balneário Camboriú, Camboriú, Penha e Ponte Alta do Norte), Paraná (Ibaiti) e Pernambuco (Caruaru, Gravatá e Petrolina).

As investigações começaram no final de abril deste ano, após uma mulher ter realizado o saque de cerca de R$ 19 mil em uma agência bancária em Florianópolis, fruto de uma pensão por morte obtida com o uso de documentos falsos para comprovar dependência inexistente com o segurado falecido.

Este fato marcou o início das investigações, que possibilitaram a identificação de diversos outros casos idênticos, bem como do grupo criminoso voltado à prática de estelionato previdenciário enraizado em Santa Catarina, mas com atuação em diversos estados brasileiros.

Por meio da descoberta de segurados que vieram à óbito sem deixar dependentes, a quadrilha recrutava pessoas sem qualquer relação com os falecidos e, se valendo de comprovantes de dependência falsos, passava a requerer o benefício de pensão por morte, repartindo o lucro do golpe entre seus membros.

Até o momento, somente com os casos já identificados, a quadrilha causou um prejuízo superior a R$ 635 mil, mas que pode alcançar quantia superior a R$ 10 milhões com os pagamentos futuros dos benefícios irregulares, considerando a média de vida do cidadão brasileiro medida pelo IBGE, caso a atividade criminosa não fosse cessada pela operação policial.

O nome da operação – Segue o Baile – se deve ao fato de que as lideranças da organização criminosa já foram objeto de duas operações da Polícia Federal nos últimos dez anos, inclusive presos, o que não impediu que a atividade criminosa tivesse prosseguimento, nem mesmo o fato de seu principal mentor estar recolhido em um presídio na região Nordeste, e, de dentro da prisão, continuar com
participação efetiva nas atividades desenvolvidas por seus comparsas do lado de fora do cárcere.

Veja os itens que foram apreendidos pela PF

Uma grande quantia de valor em dinheiro foi encontrado durante o cumprimento de mandados| Foto: Comunicação Social da Polícia Federal em Santa Catarina
Veículos de luxo e alto valor também foram apreendidos | Foto: Comunicação Social da Polícia Federal em Santa Catarina
Foto: Comunicação Social da Polícia Federal em Santa Catarina
Foto: Comunicação Social da Polícia Federal em Santa Catarina
Foto: Comunicação Social da Polícia Federal em Santa Catarina



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