Enchente em Rio do Sul é a segunda maior da história da região

Neste sábado (18), o pico do rio Itajaí-Açu chegou a 13,04 metros à 0h40, segundo a Defesa Civil de Rio do Sul. A enchente já é considerada a segunda maior da história da Capital do Alto Vale do Itajaí, ficando para trás apenas para a cheia registrada em 1983, quando o rio que corta a cidade alcançou a marca de 13,58 metros.

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O prefeito de Rio do Sul, José Thomé, destaca que o momento em que a cidade vida é desafiador.

“É a segunda maior enchente da história, o rio agora está em 12,77 metros, vem numa leve queda, o tempo estabilizou, mas há uma perspectiva de chuvas para o início da tarde de 10 a 30 mm e a gente segue aqui com bastante trabalho”, ressalta o prefeito.

Existe uma explicação técnica para que o município não tenha se preparado para essa enchente. Segundo Thomé, o fenômeno climático foi de uma baixa pressão atmosférica na quinta-feira (16), onde os modelos meteorológicos não conseguiram identificar os volumes de chuva que acabou se consolidando na região.

A perspectiva era de que chovesse de 20 a 40 mm. No entanto, choveu mais de 100 mm.

“Todos nós fomos pegos de surpresa e veio tudo muito rápido. Das 20 cidades de Santa Catarina que mais choveram ao longo das últimas 48 horas, dados de ontem (17), 13 cidades são do Alto Vale do Itajaí e seis para cima de Rio do Sul. Em Aurora, por exemplo, choveu mais de 300 mm”, conta o prefeito de Rio do Sul.

Essa número de chuva inesperada fez com que o município não conseguisse se preparar. Pessoas perderam pertences, muitos perderam tudo, saindo de casa apenas com a roupa do corpo.

“Algumas pessoas saíram de casa com a água na cintura. Temos 12 embarcações do Corpo de Bombeiros atuando e ajudando a retirar as famílias das casas. Até o momento conseguimos contornar a situação e não tivemos registros de mortes, que é o que mais nos importa”, diz.

Mais de 13 mil pessoas estão desalojadas e mais de 1.100 em 21 abrigos. Nesses locais, as famílias recebem todo apoio necessário, atendimento psicológico e socioassistencial, bem como alimentação adequada, higiene, remédios, kits de acomodação para que possam dormir com conforto durante esse período.