A promotora de Justiça da 1ª Promotoria da Comarca de Fraiburgo, Andréia Tonin, afirma que a condenação traz um pouco de alívio às vítimas e dá uma resposta positiva à comunidade.
“A grande maioria desses crimes acontece no âmbito familiar e os agressores acham que jamais serão desmascarados, mas, quando os casos vêm à tona, a justiça é feita e as penas são severas”, diz.
Segundo a denúncia, os crimes foram cometidos entre 2017 e 2022 em um sítio da família. O homem agia sempre que tinha a oportunidade de ficar sozinho com alguma das sobrinhas. Nesse contexto, ele acariciava suas partes íntimas, obrigava-as a ter conjunções carnais com ele e as ameaçava de morte caso contassem a alguém.
Certo dia, a menina mais nova teve um corte e precisou ser levada a um posto de saúde. Lá ela relatou para a médica o que vinha sofrendo e o Conselho Tutelar foi acionado. A mãe disse aos conselheiros que não tinha conhecimento dos fatos.
O caso chegou ao MPSC e o homem foi denunciado à Justiça. Mesmo assim, ele seguiu fazendo ameaças e até tentou atropelar uma das sobrinhas no decorrer do processo, mas acabou sendo condenado e terá que pagar pelos crimes que cometeu.
A promotora de Justiça Andréia Tonin enfatiza a importância da denúncia. “A menina confiou na médica e isso mudou sua vida para sempre, pois o caso veio à tona e os instrumentos legais foram acionados para punir o agressor”, conclui.