A dupla, formada por Roberta Porfírio e Marcelo Valverde Valezi, presa em flagrante no dia 8 de Maio, foi liberada pela Justiça. Eles foram detidos após serem flagrados junto com o menino Nicolas, de dois anos de idade, que estava desaparecido há mais de uma semana. No caso, eles estavam envolvidos em um esquema de tráfico de crianças. Marcelo era o traficante, que havia aliciado a mãe a ceder o menino já antes do nascimento, e Roberta o adotaria.
A decisão foi tomada pela 6ª Câmara de Direito Criminal de São Paulo, em 26 de Maio. Ela levou em conta que a mulher não tem antecedentes, tem residência fixa e ocupação lícita. Também considerou que não houve violência física ou grave ameaça. Marcelo, que dirigia o carro no momento da prisão, também foi beneficiado com a liminar.
A adoção foi decretada ilegal pela Justiça de São Paulo no dia 30 de Maio, acatando o pedido do Ministério Público.
Apesar da liberação dos dois, uma série de medidas cautelares foi imposta a eles. Entre elas, está a proibição de sair da comarca sem autorização, de mudar de endereço sem aviso prévio e de manter contato, de qualquer forma, com a família de Nicolas. Além disso, também serão obrigados a comparecer mensalmente em juízo para informar as atividades.
Outra questão envolvendo o caso do menino Nicolas é a autorização da mãe para visitá-lo. Ela foi concedida pela Justiça de Santa Catarina. Os encontros ocorrem no abrigo onde ele está sob tutela do Estado desde que voltou para Santa Catarina. Acontecem uma vez por semana e apenas a mãe obteve permissão para rever a criança. Os avós maternos entraram com um pedido para conseguir a guarda da criança. A solicitação, inicialmente apresentada para a Justiça paulista, foi transferida para a Vara da Infância da Comarca de São José, onde segue em andamento.