“Não foi legal a forma como eles conduziram”, diz lateral sobre saída do Avaí

Cortez junto do executivo William Thomas em sua apresentação no Avaí | Foto: Leandro Boeira/Avaí F.C.

O lateral Bruno Cortez, que jogou no Avaí em 2022, lembra com carinho o período em que passou por Florianópolis. Em entrevista ao programa Um Assado Para…, do jornalista Duda Garbi, o atleta comentou sobre a temporada no Leão e sobre sua saída ao fim do ano.

Segundo o atleta, a época do time com o técnico Eduardo Barroca foi a mais proveitosa, e o treinador foi demitido de forma injusta. “O Barroca estava fazendo um trabalho legal, mas aí simplesmente mandaram ele embora. Todos os jogadores ficaram tristes, porque tinha um trabalho ali”, disse o atleta. “O time vinha de uma subida, mandaram ele embora, e só caiu depois”, completou.

Barroca chegou ainda durante o Campeonato Catarinense e, no ano, comandou o Avaí em 34 jogos, com 8 vitórias, 10 empates e 16 derrotas – um aproveitamento de 33,3%. O time chegou a ser 3º colocado no início do Brasileirão, mas caiu de rendimento no segundo turno e acabou rebaixado.

Segundo Cortez, o estilo de jogo propositivo do treinador deu uma cara positiva ao time. “O Barroca tinha um estilo de jogo que me agradava muito. Ele falava ‘eu vou propor o jogo, independente contra quem for. Posso perder, mas vou perder jogando, não vou ficar sofrendo por uma bola'”, comentou o lateral. “[…] O torcedor ia para a Ressacada e gostava do time, porque tinha aquela pegada e entrega“, disse Cortez.

Cortez chegou no Avaí no início do ano, para a disputa do estadual. Ele fez 34 jogos pelo Leão, sendo capitão em seis oportunidades, e foi titular absoluto até se lesionar na reta final do campeonato. Uma pubalgia o fez perder as 7 últimas partidas, apesar do então técnico Lisca insistir em utilizá-lo. “O Lisca ainda tentou me forçar a jogar. Eu falei ‘você prefere um jogador machucado ou 100%? Eu não tenho condição de jogar'”, comentou o lateral.

No comando do Avaí, Lisca teve uma vitória e 6 derrotas – um aproveitamento de 14% – sendo demitido após a 33ª rodada, uma derrota de 3 a 0 para o Palmeiras fora de casa.

Cortez chegou a ser capitão do Avaí em algumas oportunidades | Foto: Agif/Robson Mafra

Ao fim da temporada, o clube preferiu não renovar o contrato de Cortez, o que o desagradou. O atleta e sua família já estavam estabelecidos em Florianópolis – seu filho Pablo, inclusive, atua na base do Figueirense.

Não foi legal a forma como eu saí do Avaí, da forma como eles conduziram“, disse se referindo à diretoria do clube. Segundo ele, o presidente do Avaí, Júlio Heerdt, disse a ele que queria contar com ele, mas que teria que diminuir os valores para a disputa da Série B em 2023. De acordo com Cortez, isso não seria um problema para ele, que já tem a vida financeira estabelecida. “Se você pode me dar R$ 20 mil, beleza, nós vamos fechar”, o atleta respondeu o presidente.

Mas ao início da pré-temporada, Cortez foi informado por seu empresário que seu nome não estava na lista de atletas repassada ao novo técnico Alex de Souza. Ao conversar novamente com o presidente, o lateral foi informado que o clube não contaria mais com ele. “O diretor que chegou [André Martins] e o cara da análise de mercado/desempenho preferiram contratar outro jogador“, o presidente teria lhe informado.

Para o atleta, a decisão teria que ser do presidente e do treinador Alex, e sua saída foi uma questão pessoal. “Quando o Barroca estava lá, ele [analista] já queria empurrar outros jogadores. O Barroca pedia atacante, ele mostrava seis laterais, então dá para ver que era um negócio mais pessoal”, disse Cortez. O presidente então teria se oferecido para intervir e trazê-lo de volta, mas Cortez negou. “Quero estar em um lugar onde eu seja desejado, e não tolerado“, respondeu o atleta, que está livre no mercado.

Confira a entrevista completa do jogador (que fala sobre o Avaí a partir de 1:14:00):




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